Programar para Android - 01
Hello Wordl!
O clássico "Hello World" é muito simples de fazer em Android, é mais difícil é de explicar.
O Android está pensado para ser usado com uma interface gráfica, por isso apesar de ser possível escrever para a consola, é muito mais fácil usar os widgets gráficos.
Para criar um novo projeto: File » New » Project... e escolher Android Project.
- Next, dar um nome ao projeto, por exemplo Hello World
- Next, escolher o alvo (target), ou seja a versão de Android
- Next, a maior parte dos campos já tem preenchidos os valores pré-definidos que são normalmente "seguros", mas o Eclipse insiste em que indiquemos manualmente o packagename. O packagename é um nome constituído apenas por caracteres alfanuméricos e . (ponto final) que identifica o nosso projeto. Este identificador deve ser único, ou seja, não pode (deve) haver em todo o mundo nenhum outro projeto Android com o mesmo nome. Tipicamente usa-se o nome de domínio (admitindo que o programador tem um domínio) invertido adicionando o nome do projeto no fim. Ou seja, se o programador possuir o domínio "omeusite.pt" deverá colocar no packagename pt.omeusite.helloworld. Este nome irá identificar a aplicação se e quando for colocada na Android store, por isso a insistência em que seja um nome único.
- Ao clicar em Finish é criado o projeto.
E já está pronto o programa Hello World. Para correr basta clicar no botão para correr a aplicação (ou Ctrl+F11). O AVD que tiver sido escolhido é lançado e a aplicação é automaticamente instalada e executada.
Olhando para o projeto no Eclipse vemos que foram criadas uma série de pastas e ficheiros. Não houve necessidade de editar manualmente nenhum desses ficheiros para criar o Hello World e grande parte deles nem devem sequer nunca ser tocados por mãos humanas.
Nas diretorias existem a:
- src: Aqui estão as fontes do nosso projeto, as classes e packages que criarmos vão todas para aqui.
- Android*: Pode haver várias diretorias destas, dependendo do target escolhido, são as libraries da API.
- gen: Ficheiros gerados pelo compilador, aqui aparecem ficheiros .java gerados automaticamente, ou seja NÃO MEXER.
- bin: Ficheiros binários gerados pelo compilador, é aqui que aparecem os ficheiros .dex e .apk
- res: Recursos, podem ser strings, imagens, documentos, whatever e muitos ficheiros XML. O compilador empacota todos os recursos nesta diretoria para serem facilmente acedidos de dentro da aplicação (com um objeto chamado R).
- assets: São também recursos, mas não são "empacotados" pelo compilador, pelo que o acesso é mais trabalhoso. São usados quando é necessário usar dados em estado raw, ou seja, não pré-preparados pelo compilador. Na prática é pouco usado.
O Android NÃO corre código Java. Android usa um subconjunto da API Java (com algumas adições próprias). As aplicações Java do Android são compiladas normalmente para ficheiros .class (com o compilador Java) e estes ficheiros são de seguida novamente compilados para uma máquina Dalvik. A Dalvik é uma máquina virtual (semelhante ao Java, mas não é a mesma coisa) que está otimizada para dispositivos lentos e com recursos limitados. Os ficheiros .class são convertidos então em ficheiros .dex (Dalvik EXecutables) e empacotados juntamente com todos os recursos (imagens, sons, texto, etc) em ficheiros .apk (Android PacKage). Este ficheiro .apk é então enviado para o dispositivo (real ou virtual) que se encarrega de o descomprimir e colocar todos os ficheiros nos sítios certos, ficando a aplicação disponível para ser executada.
De uma forma simplista podemos pensar numa aplicação Android como:
.java -» .class -» .dex -» .apk
Observando o código da activity aparece algo como:
package pt.omeusite.helloworld;
import android.app.Activity;
import android.os.Bundle;
public class helloworldActivity extends Activity {
/** Called when the activity is first created. */
@Override
public void onCreate(Bundle savedInstanceState) {
super.onCreate(savedInstanceState);
setContentView(R.layout.main);
}
}
A string "Hello World!" não aparece em lado nenhum! Como raios é que vai ter ao écrã do dispositivo? E de onde é que saiu aquele R?
Respostas no próximo capítulo.
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